Construindo um jardim em meio ao caus da discussão.

Patrick D.V.Ribeiro

Analista Comportamental, pastor

e coach de Relacionamentos

Certa feita ouvindo um senhor em meu gabinete de aconselhamento ele disse:

Quando alguém tem um fruto que gosta muito e só tem um disponível, e uma parte dele está estragado, muitas pessoas não tem vergonha em tirar aquela parte e jogar fora e aproveitar a outra, será que eu não teria nada que prestasse em mim na qual ela poderia aproveitar? Será que em mim, nada presta?

Você já se sentiu assim?

Então, uma boa parte das pessoas que eu já ouvi em aconselhamento, reclamam desse tipo de relacionamento, onde eles se sentem piores do que um fruto estragado, onde a maior reclamação são as contínuas acusações, reclamações e apontamentos de falhas que o seu parceiro (a) fazem acerca de suas condutas, ações ou em mesmo de sua personalidade.

É fato que conviver com pessoas que tem falhas de caráter pode ser extremamente prejudicial, pois a depender de qual seja essa falha, elas não apenas prejudicarão o infrator, mas quem convive com ele também.

Mas existem falhas que não são de tudo algo terrível e que não passam do lado trevas do estilo comportamental desta pessoa. Assim todas as pessoas seja em maior ou em menor tem falhas em seu comportamento que podem ser trabalhadas a fim de ajudá-los a melhorar tal dificuldade.

Mas quando se trata de relacionamento uma das questões que mais geram desgastes é o quanto nossas falhas e erros são evidenciadas pelas pessoas que convivem conosco. Pois quanto mais íntimos somos das pessoas, mais sobre elas sabemos e isso inclui suas falhas, erros e acertos; lado luz e trevas.

E aqui é que mora o perigo, pois como íntimo que somos teremos acesso livre para influenciar no desenvolvimento de ambas as partes, seja na melhoria dos pontos fortes e positivos e diminuição dos pontos fracos e negativos ou oposto disso, isto é; potencialização dos pontos fracos e negativos e diminuição dos pontos fortes e positivos.

Pois o ambiente em que vivemos pode exercer cerca de 30% de influência em nosso comportamento, assim como meu comportamento pode ser definido em parte como a média das 5 pessoas com quais mais convivo.

E porque digo tudo isso?

Simples, usando uma metáfora onde nossa vida fosse uma flor, podemos dizer que as palavras que eu ouço das pessoas com as quais convivo diariamente podem tanto contribuir para o meu florescimento, bem como para que eu murche e morra.

As palavras é a água rega o jardim de nossa motivação e mata a cede de nossa auto- estima.

Uma vez essas palavras estiverem contaminadas por sentimentos negativos e de acusações o resultado será com certeza a morte.

O grande rei Salomão em um dos seus livros disse:

"A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem utiliza come do seu fruto." Provérbios 18:21.

Observo que um dos grandes erros que os casais cometem é quando querem tentar convencer o outro dos seus erros e falhas que eles cometem, principalmente nos momentos de discussões.

Esses momentos é um prato cheio “ou melhor um copo cheio” de veneno para matar o ânimo e a auto estima do seu parceiro (a).

Com isso não estou dizendo que devemos ser permissivos ou fazer vista grossa quanto as falhas e erros do outro, mas estou incentivando os tratar esse momento como uma oportunidade de crescimento e não de morte.

Saber corrigir é importante quanto a correção propriamente dita.

CORRIGIR UM ERRO, COM OUTRO É SOFRER DUAS VEZES!

Observe a narrativa dessa experiência realizada por uma professora de Curitiba para mostrar a alunos o poder das palavras.

Ela usando dois potes de arroz cozido. Para um, foram ditas palavras positivas e para o outro, negativas. No pote "do amor", o arroz fermentou naturalmente. No pote "do ódio", os grãos emboloraram. A experiência da professora de educação física Ana Paula Frezatto Martins foi feita com base em um experimento do cientista japonês Masaru Emoto.

Segundo ele, cada pensamento do ser humano gera uma emoção e uma reação bioquímica. Segundo a professora ela em suas aulas tem, procurado explicar para as crianças que nem sempre as coisas acontecem de maneira positiva em nossa vida. Tudo depende de como vamos reagir e nos posicionar”.

No experimento Ana Paula inseriu a quantidade exata de arroz cozido dentro de dois potes e os colocou no meio do círculo formado pela turma. Ela, então, pediu para que as crianças dissessem frases ruins que ouvem no dia a dia.

Os estudantes falaram, por exemplo, que o arroz não servia para nada, que era imprestável, burro e que não conseguia fazer nada de bom. O recipiente foi selado.

Para o segundo vidro, Ana Paula pediu que as crianças falassem palavras que gostariam de ouvir dos professores, da família e da sociedade em geral.

“Eles falaram que são especiais, que conseguem fazer qualquer coisa, que têm capacidade e inteligência". Os dois potes ficaram fechados por dois meses. E segundo a professora ela disse que "é certo que temos que corrigir certas atitudes de nossas crianças, mas a forma como fazemos interfere em gigante proporção na vida delas. Com apenas uma palavra, é possível estimular e afagar uma pessoa, assim como pode magoá-la e prejudicá-la”.

Dentro dos diversos relacionamentos a comunicação é o atributo gratuito que o senhor nos concedeu que mais utilizamos, se desenvolvermos o hábito de comunicarmos inteligentemente e com amor nossos relacionamentos com certeza exalará o perfume mais agradável que podemos sentir.

Mas se nossa comunicação, isto é nossas palavras, nossos olhares e nossos gestos foram tendenciosas a valorizar o que o outro tem pior , pode ter certeza nossos relacionamentos não passaram de sepulcros caiados, onde muitos podem até achar bonitinhas, mas na realidade só existem podridão e morte!

Não esqueça o que diz o texto de Eclesiastes 10 em seu versículo 1.

Assim como a mosca morta produz mau cheiro e estraga o perfume, também um pouco de insensatez pesa mais que a sabedoria e a honra.

Como está o perfume de seu relacionamento?