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O PODER DAS CONVICÇÕES | Pr. Patrick Ribeiro



Texto Base: "Se, porém, não agrada a vocês servir ao Senhor, escolham hoje a quem irão servir [...] Mas eu e a minha família serviremos ao Senhor."  Josué 24 verso 15 (NVI)

 

INTRODUÇÃO:


Vivemos em uma época em que as concepções de certo e errado estão constantemente em mudança. Questões que antes eram vistas como verdades incontestáveis agora são colocadas em debate. A ideia de que não existem verdades absolutas ganha espaço, enquanto muitos sustentam que cada pessoa pode definir sua própria verdade. Observe o que diz o filósofo;

“A verdade não existe; existem apenas interpretações”.

Friedrich Nietzsche

Essa perspectiva relativista contrasta com o pensamento de Aristóteles, que defendia a existência de uma realidade objetiva, onde certos princípios como o conceito de virtude são imutáveis.

E o contraste fica ainda maior quando comparamos esse conceito com as sagradas escritos que nos mostra o Senhor dizendo:  "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim (João 15 verso 6).

Essa mudança cultural desafia profundamente a fé cristã, que é fundada em verdades eternas reveladas por Deus. Diante desse cenário, surge a pergunta:


COMO PODEMOS, COMO CRISTÃOS, MANTER UMA CONVICÇÃO FIRME?


Para respondermos a essa questões observamos as palavras do guerreiro e líder Josué:

"Se, porém, não agrada a vocês servir ao Senhor, escolham hoje a quem irão servir [...] Mas eu e a minha família serviremos ao Senhor."  Josué 24 verso 15 (NVI)

Josué, ao fazer essa declaração enfática no verso 15 do capítulo 24, estava diante de um povo propenso a se desviar para a idolatria. Ele sabia que o sucesso na Terra Prometida dependia da lealdade à aliança com Deus.

 

Sua declaração revela uma convicção clara:

Não importava a escolha dos outros, ele e sua família permaneceriam fiéis ao Senhor.


Essa convicção, portanto, é uma crença inabalável que molda nossas decisões e posturas diante da vida. Diferentemente de uma opinião que pode mudar com as circunstâncias, a convicção permanece firme, mesmo sob pressão.


Mas qual o real conceito de CONVICÇÃO?

Convicção é uma crença firme, inabalável e profunda que molda nossas decisões, comportamentos e reações diante dos desafios da vida.


Ela é diferente de Opinião: Uma opinião pode mudar conforme as circunstâncias; uma convicção, não. Um dos exemplos nas sagradas escrituras é o do profeta e Sábio Daniel, que se manteve fiel a Deus, recusando-se a se contaminar com a comida do rei (Daniel 1:8).

 

MAS ONDE DEVEMOS FUNDAMENTAR NOSSAS CONVIÇÕES?

Convicções sólidas têm raízes em verdades absolutas. Para nos cristãos, essas verdades estão fundamentadas na Palavra de Deus.

“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” — João 17 verso 17


O Espírito Santo por meio da palavra de Deus nos dá discernimento para distinguir o certo do errado.

 

COMO DESENVOLVER CONVICÇÕES FORTES?

     I.        Estudo da Palavra: Conheça a vontade de Deus através das Escrituras.

    II.        Vida de Oração: A oração fortalece nossas decisões e nos aproxima do Senhor.

  III.        Prática Constante: A convicção cresce quando é exercitada no cotidiano.

 IV.        Comunhão: Relacione-se com pessoas que compartilhem princípios bíblicos.

 

4 MOTIVOS PORQUE NÃO DEVEMOS PERDER NOSSAS CONVICÇÕES EM DEUS

 

MOTIVO 1: CONVICÇÕES FIRMES NOS TORNAM CORAJOSOS

“O Senhor que me livrou das garras do leão e das garras do urso me livrará das mãos desse filisteu.” — 1 Samuel 17:37 (NVI)


Davi, ao enfrentar Golias, demonstrou uma convicção firme na fidelidade de Deus. Essa certeza o tornou corajoso diante de um desafio que amedrontava um exército inteiro. Convicções firmes nos tornam corajosos e determinados.

Com convicção, somos capazes de permanecer firmes mesmo em oposição ou perseguição.


"Depois de orarem, tremeu o lugar em que estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus." 

Atos 4:31 


13 Vendo a coragem de Pedro e de João, e percebendo que eram homens comuns e sem instrução, ficaram admirados e reconheceram que eles haviam estado com Jesus. 14 E como podiam ver ali com eles o homem que fora curado, nada podiam dizer contra eles.

Atos 4:13-14 

Charles Spurgeon afirmou:

“A coragem cristã não é ausência de medo, mas a presença da fé em Deus”.

 

Quando enfrentamos desafios em nossa vida, como dificuldades financeiras ou problemas familiares, precisamos lembrar que nossa coragem não está baseada em nossas forças, mas na fidelidade do Deus que já nos livrou no passado.

 

4 Motivos porque não devemos perder nossas convicções em Deus

MOTIVO 2: CONVICÇÕES ESPIRITUAIS NOS MANTÊM FIÉIS DIANTE DA PRESSÃO

“Mas se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro.”

 Daniel 3:17-18 (NVI)


Sadraque, Mesaque e Abede-Nego demonstraram uma convicção inabalável diante da ameaça de uma fornalha ardente. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego enfrentaram mais do que uma pressão religiosa; enfrentaram uma situação de clara opressão política.


 O rei Nabucodonosor não apenas exigia obediência religiosa, mas também impunha a adoração de uma imagem como um ato de lealdade política ao império. Recusar-se a se curvar era visto como um ato de rebelião contra o próprio Estado.


Ao afirmarem que não se curvariam, mesmo diante da fornalha ardente, os três jovens hebreus mostraram que sua lealdade a Deus estava acima de qualquer governo humano.

Eles não negaram a soberania do rei, mas afirmaram a soberania suprema de Deus. Essa declaração de convicção ilustra a distinção cristã entre obediência civil e obediência espiritual.


Dietrich Bonhoeffer, que enfrentou o regime nazista, disse: “Quando Cristo chama um homem, ele o convida a vir e morrer.” A convicção cristã não pode ser negociada, mesmo diante de ameaças de morte.

Em um mundo onde governos e sociedades podem tentar pressionar os cristãos a abandonar princípios bíblicos, precisamos lembrar que nossa fidelidade é primeiramente a Deus.


Seja nas escolhas éticas no trabalho, em decisões sociais ou em posições políticas, precisamos nos manter firmes.

“Ser cristão não é uma escolha barata; implica lealdade ao Cristo crucificado, mesmo quando isso custa tudo”. Dietrich Bonhoeffer


O apostolo Paulo disse:

"Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para testemunhar do evangelho da graça de Deus." — Atos 20:24 (NVI)


Precisamos estar preparados para permanecer fiéis à verdade de Deus, mesmo quando a cultura, política e qualquer outra coisa neste mundo tenta nos pressionar a conformarmo-nos com seus valores.

 

4 Motivos porque não devemos perder nossas convicções em Deus

MOTIVO 3:  CONVICÇÕES MOLDAM NOSSAS ESCOLHAS DIÁRIAS

“Escolham hoje a quem irão servir [...] Mas eu e a minha família serviremos ao Senhor.” — Josué 24 verso 15 (NVI)


Josué, ao desafiar o povo, mostrou que a convicção em servir ao Senhor não era apenas uma decisão pontual, mas uma escolha cotidiana e isso em todo nossas situações,  Casamento, Família e Vida Espiritual.

·        No Casamento por exemplo: Convicções baseadas no respeito, amor e compromisso fortalecem a união.

  • Na Vida Espiritual: Convicções inabaláveis mantêm o cristão firme diante das tentações e provações.


Martinho Lutero certa feita afirmou: “Aqui estou; não posso fazer outra coisa. Que Deus me ajude”.

"Vá reunir todos os judeus que estão em Susã, e jejuem em meu favor. Não comam nem bebam durante três dias e três noites. Eu e minhas servas jejuaremos como vocês. Depois disso irei ao rei, mesmo que seja contra a lei. Se eu tiver que morrer, morrerei."

Ester 4 verso 16 (NVI)

Precisamos tomar decisões diárias que reflitam nossa fé, seja na forma como tratamos nossa família, conduzimos nossos negócios ou nos posicionamos em discussões morais.

 

4 Motivos porque não devemos perder nossas convicções em Deus

MOTIVO 4: CONVICÇÕES INSPIRAM E IMPACTAM OUTRAS PESSOAS

"Mas Pedro e João responderam: 'Julguem os senhores mesmos se é justo aos olhos de Deus obedecer a vocês e não a Deus! Pois não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos'."

Atos 4 verso 20 (NVI)

Pedro e João, diante do Sinédrio, demonstraram que suas convicções não apenas os fortaleciam, mas também inspiravam outros. A CONVICÇÃO É CONTAGIANTE!

John Stott declarou: “Uma igreja convicta é uma igreja contagiante”.


Um exemplo disso foi na relação entre Noemi e Rute:

"Não insista comigo para que te deixe e não mais te acompanhe. Aonde fores irei, onde ficares ficarei! O teu povo será o meu povo, e o teu Deus será o meu Deus." Rute 1 verso 16 (NVI)


Quando vivemos com convicções firmes, influenciamos positivamente nossos familiares, amigos e colegas de trabalho. Convicções espirituais não apenas transformam nossa vida, mas impactam a sociedade. Como seguidores de Cristo, somos chamados para vive-la com ousadia, amor e equilíbrio.

 

CONCLUSÃO

As convicções firmes nos fortalecem diante das incertezas e mudanças deste mundo. Assim como Josué, somos desafiados a fazer uma escolha clara: a quem serviremos?

Que possamos declarar com coragem: “Eu e minha família serviremos ao Senhor”.

Que Deus nos conceda a graça de permanecermos firmes, corajosos e fiéis, inspirando outros a fazer o mesmo.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • Bíblia Sagrada: Nova Versão Internacional (NVI). São Paulo: Editora Vida, 2000.

  • BONHOEFFER, Dietrich. “Discipulado”. São Leopoldo: Sinodal, 2019.

  • LUTERO, Martinho. “Obras Selecionadas”. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2008.

  • NIETZSCHE, Friedrich. “Para Além do Bem e do Mal”. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.

  • SPURGEON, Charles H. “Sermões Selecionados”. São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1997.

  • STOTT, John. “A Cruz de Cristo”. São Paulo: Editora Vida, 2006.

  • ARISTÓTELES. “Ética a Nicômaco”. Trad. Mário da Gama Kury. Brasília: Editora da UnB, 1991.

 

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